terça-feira, 14 de abril de 2009

Avaliação da cintura escapular

Avaliação da Cintura Escapular e Ombro

Alguns livros incluem o ombro dentro da cintura escapular, mas anatomicamente o mais correto é separar a gleno-umeral das outras articulações.

Þ Articulações que Compõem a Cintura Escapular e Ombro:

ü Esterno-costal
ü Esterno-clavicular
ü Acrômio-clavicular
ü Omo-serrátil (escapulo-torácica)
ü Gleno-umeral

Þ Avaliação do Ombro:

ü Inspeção:
- Nivelamento do ombro (ver pelo acrômio)
O desnivelamento do ombro pode estar determinando uma escoliose, uma posição antálgica (elevação, adução e rotação interna do ombro – deltóide tensionado).
Obs: Se relaxar o ombro vai estirar a cápsula e desencadear o quadro doloroso. O lado onde se tem a situação dolorosa vai estar mais elevado.
- Trofismo
A cintura escapular geralmente tem uma configuração arredondada dada pelo deltóide. Uma hipotrofia do deltóide vai acentuar as estruturas ósseas e dar ao ombro, uma configuração quadrada (sinal da dragona).
Essa hipotrofia do deltóide pode ser caracterizada por ventres musculares.
- Edemas
São poucos definidos porque geralmente tem muito tecido adiposo e muscular envolvendo.
As lesões no caso de tendinite, sinovite ou capsulite não dão para identificar muito o edema, já as lesões mais impactantes geram um pouco mais de edema.
- Luxações
Um paciente que tenha insuficiência de cápsula, tenha luxações recidivantes, na palpação da para observar um espaço na articulação do ombro (na inspeção só vai observar o espaço).
- Cicatrizes (nível de cicatrização)
- Deformidades
Fraturas de clavícula levam a deformidades tais como calos ósseos na clavícula.

Obs: Sempre que for avaliar uma articulação, pelo menos avaliar uma articulação acima e uma abaixo.

Obs: Quando se tem uma lesão, acaba danificando todo o sistema miofascial, então, a fáscia não segue a mesma cobertura anatômica; ocorre uma desordem na fáscia, que vai levar a deficiências em outras áreas corporais.
É impossível tratar um ombro sem estabilizar a coluna dorsal, sem tratar uma hipercifose com ântero-pulsão do ombro (não vai ter expansão da musculatura anterior do tórax), sem tratar uma retificação de lordose (vai ter restrição de certos movimentos). Para tratar esse ombro, tem que relaxar o peitoral, manter a cúpula dorsal estabilizada.

ü Palpação:
A palpação do complexo articular do ombro e cintura escapular deve seguir a seguinte seqüência:
Inicia-se pela articulação esterno-costal realizando uma mobilização ântero-posterior. Durante a inspiração comprime-se o esterno e durante a expiração comprime-se as costelas (das últimas em direção a primeira).
Obs: Buscar hiper ou hipomobilidade (os pares mais inferiores têm maior mobilidade que os superiores) e dor (no caso de escoliose ou esternocondrite)
Obs: Patologias respiratórias e esterno-condrites levam a alterações na dinâmica da motorização de toda a caixa torácica e cintura escapular.
Esterno-condrite: Inflamação da cartilagem (comum na escoliose, pois o gradil costal roda e do lado da convexidade que vai ter o gradil costal mais anteriorizado vai aumentar a alavanca da esterno-costal e aí vai fazer um ponto de desgaste, e assim vai ter uma inflamação que com o tempo vai causar uma artrose).
Obs: Fúrcula esternal ® Buraquinho onde se faz traqueostomia.
Na articulação esterno clavicular se faz o mesmo procedimento, ou seja, na inspiração comprime-se o esterno e na expiração comprime-se a clavícula, reproduzindo movimentos ântero-posteriores, rotação, elevação e depressão.
Obs: Podem ocorrer artroses esterno-claviculares (raras) que podem ser desencadeadas por apoio de arma, por exemplo.

O ideal para palpar as articulações esterno-costal e esterno-clavicular é que o paciente esteja deitado para relaxar a musculatura.
Após palpar a articulação esterno-clavicular, uma das mãos palpa toda a extensão da clavícula, e a outra segue o bordo superior da escápula. No momento do contato ósseo entre as duas estruturas, é a articulação acrômio-clavicular, que deve ser palpada com dissociação crânio-caudal.
Obs: Pode-se ter lesões ligamentares (hipermobilidade) e bursite sub-acromial.
Com o segmento em posição anatômica, o dedo do examinador deverá palpar o processo coracóide (descendo em direção ainda no tronco).
Obs: Os músculos córacobraquial, cabeça curta do bíceps, braquial e peitoral maior se inserem no processo coracóide e por isso pode-se ter lesões tendinosas ou tendinites. É importante avaliar qualquer processo doloroso durante a palpação.
Retornando a articulação acrômio-clavicular, desvia-se o dedo para a região lateral onde é encontrada uma pequena depressão que é a articulação gleno-umeral.
Mantendo o segmento do braço em posição anatômica, o indicador e o dedo médio encontrarão duas proeminências: o tubérculo maior (lateral) e o tubérculo menor (medial); entre eles está a cabeça longa do bíceps.
Obs: Pode-se ter tendinite bicipital
Na seqüência deverá ser palpada a escápula, observando à palpação, todo o contorno ósseo.

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