sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sessões aplicadas sem interrupção, durante 24 horas por dia, reduziram em até 40% o período de internação de pacientes em tratamento intensivo

Pesquisa realizada pelo Serviço de Fisioterapia do Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP mostra que as sessões de fisioterapia reduzem em até 40% o tempo de permanência do paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), quando aplicadas sem interrupções, ou seja, 24 horas por dia. O estudo avaliou 500 pacientes, num período de seis meses.
Segundo a professora Clarice Tanaka, do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da FM, responsável pela pesquisa, "a redução de complicações com melhora significativa do paciente deve-se ao tratamento noturno".
Nos primeiros três meses, as atividades do fisioterapeuta levaram 12 horas e a média de internação do paciente na UTI foi de dez dias. Nos três meses seguintes, o atendimento foi de 24 horas e a média de permanência do paciente caiu para seis dias.
O procedimento garante a "limpeza" contínua dos pulmões, permite a extubação (retirada do tubo traqueal) no período noturno, reduz a agressão mecânica e propicia recuperação pulmonar mais rápida do paciente. O estudo apontou ainda que sem o trabalho intensivo dos profissionais, 24 horas por dia, aumenta o risco de piora do quadro respiratório do paciente, obrigando a sua reintubação, com possibilidades de contrair pneumonia, pelo uso da ventilação mecânica.

Qualidade de Vida

A pesquisa aponta que a expansão dos serviços reduz o sofrimento dos pacientes, permite a liberação mais rápida e segura dos leitos, com o conseqüente aumento do número de vagas disponíveis. Também diminuiu os riscos de infecção hospitalar e propicia economia de recursos financeiros que seriam usados na compra de antibióticos e outros medicamentos de alto custo. A partir dos resultados da pesquisa, o HC tem implementado gradativamente a fisioterapia integral em outras UTIs, com a criação de turnos extras à noite, de modo a garantir melhor qualidade de vida ao paciente e familiar. Ao mesmo tempo, o Instituto Central está implantando uma Unidade de Atendimento Ambulatorial em Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional , alta complexidade. Com seis consultórios, três boxes individuais, três salas de atendimento para fisioterapia em grupo, recepção e sala de espera, distribuídos em 438,60 metros quadrados, a nova unidade terá capacidade para 6.000 atendimentos de alta complexidade por mês. Também será equipada com modernos instrumentos de avaliação funcional do movimento como eletromiógrafo, plataforma de força e um sistema especializado de câmeras. "O atendimento ambulatorial é essencial porque garante a continuidade do tratamento e previne disfunções e seqüelas em pacientes com distúrbios neurológicos, músculo-esqueléticos e respiratórios", enfatiza Clarice Tanaka. "As sessões podem evitar a limitação funcional de movimentos que, na maioria das vezes, afasta o indivíduo do convívio social".


(Com informações do Centro de Comunicação Institucional do Instituto Central do HCFMUSP) Mais informações: (0XX11) 3069-7879, na Assessoria de Imprensa do Instituto Central do HC

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Acupuntura "falsa" supera medicina comum em teste

Hoje recebi um e-mail(lazarojt@terra.com.br) no mínimo intrigante...
A partir de uma publicação recente do Arquivos de Medicina Interna, um dos melhores periódicos mundiais (fator de impacto = 8,391).

O maior estudo clínico estudando acupuntura para tratar dores nas costas (638 indivíduos) encontrou resultados semelhantes ao comparar acupuntura com acupuntura placebo. Mas o espantoso e mais interessante é que, ambos, tiveram resultados superiores ao "tratamento convencional" (medicação+orientação+fisioterapia).

Posto no Blog o artigo integral e que poderá ser encontrado na página:
http://www.prontuariodenoticias.com.br/noticias.asp?secao=PE&id=5762


Um estudo que avaliou a eficácia da acupuntura para tratamento de dor nas costas concluiu que ela não consegue ser melhor do que uma forma falsa desse tratamento, na qual as pessoas são submetidas apenas a picadas superficiais em pontos aleatórios do corpo. O trabalho, porém, trouxe uma revelação surpreendente: as duas formas de acupuntura, a verdadeira e a simulada, parecem ser mais eficazes do que o "atendimento usual" que pacientes de lombalgia costumam receber.
Os resultados do teste clínico estão na edição de ontem da revista "Archives of Internal Medicine", da Associação Médica Americana. Com 638 voluntários, é um dos maiores ensaios já feitos para testar se a acupuntura funciona para valer.
Para avaliar a eficácia de um remédio que vem na forma de comprimidos, o que médicos fazem é comparar seu efeito ao de um placebo --uma pílula de farinha sem nenhuma substância relevante. O problema da acupuntura é que é difícil alguém fingir que está aplicando agulhas num paciente sem que ele perceba que não está sendo espetado. Só nos últimos anos é que cientistas têm usado a acupuntura simulada --um tipo de "agulha placebo"-- para isso.
No estudo publicado ontem, Daniel Cherkin, do Centro para Estudos da Saúde, de Seattle (EUA), e seus coautores explicam como é essa estratégia.
"Desenvolvemos uma técnica de acupuntura simulada usando um palito de dentes no tubo de suporte da agulha, que se mostrou capaz de passar por acupuntura com credibilidade em pacientes de lombalgia sem experiência de tratamento com acupuntura", escrevem Cherkin e colegas. "O acupunturista pressiona o palito gentilmente, torcendo-o um pouco para simular uma agulha de acupuntura se agarrando à pele."
Para distanciar o tratamento ainda mais da acupuntura real, os cientistas aplicaram o palito de dentes em pontos longe das regiões tidas como corretas por acupunturistas profissionais.
Ninguém percebeu a diferença e, surpresa ou não, o palito de dentes teve a mesma eficácia da agulha verdadeira. Mas susto maior veio quando os dados sobre "atendimento usual" aos pacientes entraram na conta.
Após oito semanas, 60% dos pacientes sob acupuntura real ou simulada tiveram certa melhora, mas só 39% dos outros voluntários relataram progresso. Estes últimos, porém, não passaram por nenhum "atendimento relacionado ao estudo", só pelo tratamento que o médico de cada um indicava ("em geral remédios, cuidados primários e idas à fisioterapia").
Se, por um lado, a acupuntura real não se saiu melhor do que palitos de dentes, por outro, o teste sugere que autoridades de saúde pública deem um passo atrás para saber o que o "atendimento usual" tem reservado a quem tem lombalgia.

Fonte : Folha On Line

terça-feira, 12 de maio de 2009

Lesões do joelho

O joelho é uma articulação de extrema importância, sendo composto pelos ossos da coxa (fêmur) e da perna (tíbia), além da patela (antigamente chamada de rótula). A junção desses ossos depende de estruturas de suporte, como ligamentos, a cápsula da articulação e os meniscos, que garantem a estabilidade da mesma".

Introdução
Os meniscos são pequenas estruturas em forma de disco, que possuem as funções de absorção de impactos, permitir que os ossos se articulem adequadamente e aumento da estabilidade da articulação. Em cada joelho encontramos dois meniscos.
Os ligamentos são estruturas que funcionam também para dar estabilidade à articulação, limitando alguns movimentos e impedindo que os ossos saiam de seu lugar normal.
As lesões de joelho são bastante comuns em indivíduos que praticam esportes, e que estão submetidos a exercícios que levam a impacto importante nessa articulação. O sofrimento crônico da articulação pode levar a dor, desgaste, problemas para andar, entre outros. Por isso, é importante que as pessoas que pretendem praticar exercícios procurem orientação médica/fisioterapêutica antes e durante essa prática, de forma a evitar complicações futuras.

Lesões de menisco
As lesões de menisco são raras na infância, ocorrendo principalmente no final da adolescência, com pico na terceira e quarta décadas de vida. A principal causa é o trauma ("acidentes agudos") da articulação, porém, após os 50 anos de vida deve-se principalmente a artrite do joelho. O menisco pode apresentar vários tipos de lesão: rupturas parcial, total e complexas. Além disso, a ruptura do menisco pode ocorrer sozinha ou associada à ruptura de ligamento.
O indivíduo, geralmente, conta uma história de queda, rotação do joelho ou outro trauma, sente dor no joelho, apresenta-se mancando e a articulação mostra crepitações (barulhos, estalos) e limitação do movimento (o joelho não consegue se mover em todas as direções na amplitude normal).
Nos casos de lesões leves e em que o paciente não está sentindo nenhum sintoma, não é necessária cirurgia. Já nos casos de dor persistente, pode ser realizado um exame chamado artroscopia. Nesse exame, um aparelho é introduzido na articulação e permite que o médico veja diretamente as lesões presentes. Durante o exame, pode ser feito o tratamento, com retirada da parte rompida do menisco. A recuperação total da função do joelho ocorre em 4-6 semanas.
As lesões de algumas partes do menisco não precisam ser retiradas, pois elas recebem bastante sangue da circulação, e isso facilita a cicatrização da ruptura. Já as grandes rupturas exigem o reparo. Em alguns casos, é necessário também a reconstrução de um ligamento do joelho, para ajudar na estabilização da articulação e impedir que o joelho adquira uma movimentação anormal.
Sabe-se que a retirada do menisco, em idade precoce, está associada a um risco maior de osteoartrite em idade mais jovem. Uma alternativa, que previne essa complicação, é o transplante de menisco, que leva a bons resultados. No futuro, outros tratamentos poderão permitir a regeneração do menisco.

Lesões de ligamentos
Os ligamentos trabalhem em conjunto com os meniscos, e freqüentemente nas lesões agudas, ocorre comprometimento de mais de uma estrutura. Nas lesões de ligamentos, podemos observar estiramento com ou sem instabilidade do joelho ou ruptura completa do mesmo.
Essas lesões acontecem muito comumente em atividades esportivas, quando o pé está fortemente apoiado no chão e a perna sofre uma rotação brusca. O indivíduo pode sentir o estiramento/ruptura do ligamento, e é incapaz de continuar a atividade que estava praticando. Alguns ligamentos são lesados mais freqüentemente do que outros, e cada um requer um tipo específico de tratamento.
O paciente apresenta forte dor e pode mostrar também espasmos musculares. Em alguns casos, há derramamento de sangue dentro do espaço da articulação, uma situação chamada hemartrose. O médico sempre deve pesquisar uma possível lesão de menisco associada. Existe também a possibilidade de o comprometimento do ligamento ser crônico e o indivíduo conta que o joelho às vezes não completa o movimento. Freqüentemente, nesses casos, esses pacientes não procuram o médico logo que os sintomas iniciam-se, mas quando surgem outros sintomas como fraqueza muscular e piora da capacidade para andar.
O tratamento indicado, como já dissemos, vai depender do ligamento lesado e da gravidade da lesão. Pode ser necessária reconstrução cirúrgica, especialmente em atletas. O processo de reabilitação, após a cirurgia, é de extrema importância para garantir a mobilidade completa da articulação. A grande maioria dos casos atinge recuperação completa ou quase completa da movimentação normal do joelho.

Deslocamento de patela
O deslocamento de patela é uma importante causa de hemartrose e deve sempre ser pesquisado nos casos de trauma agudo do joelho. Essa lesão ocorre quando o joelho está dobrado e a perna sofre uma força de "rotação para fora". É mais comum em mulheres, na segunda década de vida.
O indivíduo relata que a patela (rótula) deslocou "para fora", ou então pode falar que o restante do joelho deslocou "para dentro". Porém, geralmente, o deslocamento só é visualizado na hora em que ocorre, pois a redução (ou seja, a volta da patela para seu lugar normal) ocorre quando a pessoa estica a perna. Quando o médico examina o joelho, o paciente vai queixar dor e desconforto quando a patela é movimentada ou quando o joelho é dobrado.
Existem várias formas de tratamento para essa lesão, incluindo imobilização imediata associada a exercícios para fortalecimento muscular, imobilização com gesso por 6 semanas seguida de reabilitação, cirurgia, etc. É importante que se faça um estudo da presença de possíveis fatores predisponentes. Se o deslocamento ocorrer novamente, é necessário fazer um realinhamento da patela.

Lesões de tendão muscular
A ruptura de tendões dos músculos da coxa e da patela pode resultar de uma contração muscular excêntrica, como ocorre, por exemplo, quando um atleta tropeça e tenta não cair.
A ruptura do tendão do músculo quadríceps (músculo da coxa) ocorre mais freqüentemente após os 40 anos de idade. Geralmente, o tendão apresenta algumas alterações degenerativas, o que reforça a hipótese de que tendões normais não se rompem. Raramente, ocorre nos dois membros inferiores. A principal característica é que o paciente não consegue esticar a perna e, quando isso é tentado, observa-se a formação de um "buraco" logo acima da patela. O tratamento é cirúrgico.
A ruptura do tendão da patela ocorre em indivíduos com menos de 40 anos de idade. O paciente não consegue esticar a perna, ativamente. A patela encontra-se deslocada para cima e pode-se sentir um defeito abaixo dela. O tratamento também é cirúrgico.

Copyright © 2005 Bibliomed, Inc.
http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4833&ReturnCatID=1780
Site referência: http://www.fisioterapiamanaus.com.br/

Fortalecimento dos músculos pode substituir cirurgia nos joelhos



Pesquisadores analisaram recuperação após substituição do joelho.Resultados saíram no periódico Arthritis Care and Research.

Um novo estudo sugere que um programa cuidadosamente focado de fortalecimento muscular pode fazer uma importante diferença em como os pacientes se recuperam de uma cirurgia de substituição de joelho.


Pacientes que se submeteram a seis semanas de fortalecimento muscular progressivo focado no quadríceps se saíram muito melhor que pacientes que receberam o tratamento convencional. O estudo aparece na edição de fevereiro da publicação "Arthritis Care & Research".

De acordo com o estudo, quase 500 mil substituições de joelho são realizadas anualmente nos Estados Unidos. Enquanto os procedimentos reduzem a dor e devolvem grande parte da mobilidade, os pacientes muitas vezes relatam que ainda enfrentam problemas com movimentos como andar e escalar.


Para o estudo, mais de 200 pacientes foram divididos em três grupos e receberam diferentes tratamentos por cerca de quatro semanas após a cirurgia.


Um grupo recebeu tratamento convencional, incluindo reabilitação interna e fisioterapia. Outro recebeu o fortalecimento de quadríceps. O terceiro recebeu o fortalecimento de quadríceps, combinado com estímulos elétricos para contrair os músculos.


Enquanto os estímulos elétricos não pareceram fazer diferença, disseram os pesquisadores, o fortalecimento muscular aparentemente trouxe os pacientes de volta a um nível de funcionamento quase normal para sua idade.

O site da Fisioterapia em Manaus

Vídeo da clínica de reabilitação funcional de manaus