sexta-feira, 6 de março de 2009

Osteosarcoma






Pelo alto grau de malignidade presente em certos tipos de osteosarcoma, bem como diante de sua devastadora progressão, além de sua incidência em uma população jovem, esta condição patológica constitui em um dos grandes desafios enfrentados por qualquer profissional de saúde.
Atualmente, estamos com um caso muito complicado desta patologia em nossa UTI do FCECON - Fundação centro e controle de oncologia de Manaus. Nas fotos acima, observamos um jovem de 15 anos, internado há 10 dias em nossa UTI.


DADOS DA DOENÇA:


O osteossarcoma ou sarcoma osteogênico é o segundo tumor ósseo maligno mais comum, vindo atrás do mieloma múltiplo e corresponde a 21% entre as neoplasias malignas do esqueleto.
Nas formas mais graves, sem tratamento, pode haver necrose do tumor e posterior ulceração. Secundariamente, há o quadro de hipotrofia muscular proximal e distal à lesão e comprometimento articular. O tumor costuma apresentar-se endurecido, fixo aos planos profundos.O osteossarcoma clássico ou central costuma ocorrer em adolescentes e adultos jovens. Aproximadamente metade dos osteossarcomas central ocorre na região do joelho, sendo aextremidade distal do fêmur a localização mais freqüente.

SINTOMAS


Os sintomas mais comuns são dor localizada e inchaço do local. É freqüente o paciente associar a dor a um trauma recente. No exame físico podemos encontrar aumento do volume local, dor,calor local e limitação na movimentação da articulação comprometida.As metástases ocorrem principalmente para pulmões e outros ossos e geralmente dão pequenos sintomas desde um estágio precoce da doença.

quinta-feira, 5 de março de 2009

A Fisioterapia em oncologia

A fisioterapia em oncologia é uma especialidade que tem como objetivo preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico.

O fisioterapeuta oncológico deve estar apto para desenvolver suas atividades com pacientes infantis, adolescentes, adultos jovens e idosos, em situações que vão desde a cura aos casos em que ela é irreversível, e desenvolver seus programas de tratamento dentro deste contexto. O profissional dessa área deve saber lidar com as seqüelas próprias do tratamento oncológico, atuando de forma preventiva para minimizá- las.

Indicações para atendimento
As indicações para assistência fisioterapêutica são determinadas pelas disfunções causadas pelo tumor no paciente, assim como pelos tipos de tratamento adotados.

A radioterapia, indicada tanto para o tratamento exclusivo da doença quanto para complementação dos outros tratamentos, pode acarretar fibrose, levando à restrição de movimento, edemas e disfunções ventilatórias, entre outras.

Diversos tipos de quimioterápicos podem causar neuropatias periféricas, fibrose pulmonar e miocardiopatias. O uso prolongado de corticóides pode resultar em quadros de miopatia e osteoporose.

A cirurgia visa não apenas a remoção do tumor, mas também dos tecidos sadios adjacentes, a fim de evitar a permanência de doença residual macro ou microscópica. Tal fato acarreta seqüelas sensitivas, motoras, vasculares e respiratórias, dependendo da área afetada.

A assistência fisioterapêutica ao paciente oncológico tem início no pré-operatório, visando o preparo para o procedimento e redução de complicações. Durante o período de internação o enfoque é global, prevenindo, minimizando e tratando complicações respiratórias, motoras e circulatórias. A dor é uma das principais e mais freqüentes queixas do paciente oncológico, devendo por isto ser valorizada, controlada e tratada em todas as etapas da doença. As diversas técnicas para analgesia são um ponto forte da Fisioterapia em Oncologia.

O grande diferencial do INCA é disponibilizar através da Área de Fisioterapia todos os materiais necessários para recuperação dos pacientes. São fornecidas órteses, sob medida, em 48 horas após a avaliação e indicação fisioterapêutica. Dentre elas estão os coletes para estabilização de colapsos e fraturas patológicas vertebrais e calhas para posicionamento dos membros. As órteses pré-fabricadas (cintas, colares cervicais, tipóias, órteses de Sarmiento, muletas, andadores, dentre outros) têm disponibilização imediata, de acordo com a indicação.

Os pacientes que são submetidos a amputações de membros superiores e inferiores são acompanhados ambulatorialmente, e o fornecimento da prótese está vinculado ao momento em que se encontram aptos a utilizá-la.

Fonte: Inca

quarta-feira, 4 de março de 2009


PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO LINFEDEMA

A mobilização do braço deve ser limitada a 90º de flexão e a abdução de ombro e a rotação externa até o limite de tolerância da paciente, para prevenir complicações relacionadas à restrição articular e linfedema, sem aumentar o risco da formação do seroma.
Após a retirada dos pontos e do dreno, não havendo intercorrências proibitivas, a mobilização do braço deve ser realizada com amplitude completa. As pacientes devem ser orientadas a adotar uma postura confortável, com o membro superior levemente elevado quando estiverem restritas ao leito.
Para as pacientes submetidas à reconstrução com retalho miocutâneo do músculo reto abdominal, o posicionamento adequado é com a cabeceira elevada e semiflexão de joelhos, nas duas primeiras semanas de pós-operatório.
A prevenção do Linfedema requer uma série de cuidados, que se iniciam a partir do
diagnóstico de câncer de mama. As pacientes devem ser orientadas quanto aos cuidados com o membro superior homolateral à cirurgia, visando prevenir quadros infecciosos e linfedema.
Evitar micoses nas unhas e no braço; traumatismos cutâneos (cortes, arranhões, picadas de inseto, queimaduras, retirar cutícula e depilação da axila); banheiras e compressas quentes; saunas; exposição solar; apertar o braço do lado operado (blusas com elástico; relógios, anéis e pulseiras apertadas; aferir a pressão arterial); receber medicações por via subcutânea, intramuscular e endovenosa e coleta de sangue; movimentos bruscos, repetidos e de longa duração; carregar objetos pesados no lado da cirurgia e deitar sobre o lado operado.
Preconiza-se: pele hidratada e limpa; uso de luvas de proteção ao fazer as atividades do lar (cozinhar, jardinagem, lavar louça e contato com produtos químicos); intervalos para descanso durante a execução de atividades de vida diária; utilização de removedor de cutículas ao fazer a unha do lado operado; usar cremes depilatórios, tesoura ou máquina de cortar cabelo na retirada de pelo da axila do lado operado; atenção aos sinais de infecção no braço (vermelhidão, inchaço, calor local); e uso de malhas compressivas durante viagens aéreas.
Deve-se tomar o cuidado para não provocar sensação de incapacidade e impotência funcional. As pacientes devem ser encorajadas a retornarem as atividades de vida diária e devem ser informadas sobre as opções para os cuidados pessoais.
O diagnóstico do linfedema é obtido através da anamnese e exame físico. Os exames complementares são utilizados quando se objetiva verificar a eficácia de tratamentos ou para analisar patologias associadas.
Considera-se linfedema a diferença de pelo menos 2 cm entre os membros, em um ou mais pontos, obtidos através da perimetria ou volume residual de 200 ml obtido de forma direta (volume de água deslocada) ou indireta (perimetria).

Fonte: Inca.Controle do câncer de mama: Documento de consenso,2004.

O site da Fisioterapia em Manaus

Vídeo da clínica de reabilitação funcional de manaus