terça-feira, 17 de março de 2009

A ventilação mecânica não é um bicho de 7 cabeças

MODOS VENTILATÓRIOS.

Assistência ventilatória pode ser entendida como a manutenção da oxigenação e/ou da ventilação dos pacientes de maneira artificial até que estes estejam capacitados a reassumi-las. Esta assistência torna-se importante para os pacientes submetidos à anestesia geral e para aqueles internados nas unidades de terapia intensiva com insuficiência respiratória.

Atualmente, a ventilação mecânica consiste em uma fonte de temor constante para quase todos graduandos de último período do curso de fisioterapia. Quase sempre encarados como “um bicho de sete cabeças” mostra-se depois de um período de estudo como um aparato simples e extremamente útil para a manutenção da vida em UTI.

Talvez o que mais impressione não consista no ventilador mecânico propriamente dito, mas sim o ambiente encontrado em UTI…

Procurarei aos poucos e com a colaboração de muitos, desmitificar esse nosso companheiro fiel na labuta dentro da unidade de tratamento intensivo.

Modo ventilatório a volume-Controlado ou Pressão-Controlada.

O Ventilador inicia e termina a inspiração de acordo com o tempo subordinado e freqüência respiratória preestabelecida, o ventilador determina o volume corrente, fluxo inspiratório e relação do tempo inspiratório e expiratório.

Ventilação Assistido-Controlada:

O início da inspiração é determinada por fluxo ou pressão negativa gerada pelo esforço do paciente. A freqüência respiratória, tempo de inspiração e expiração são vinculado ao drive do paciente. Deve se ajustar a sensibilidade que regula o nível de esforço respiratório mínimo do paciente para iniciar a inspiração 0,5 - l,0 cmH2O, quanto mais negativa a sensibilidade maior o trabalho muscular'.

Ventilação Mandatória Intermitente (IMV):

É uma combinação de ciclos espontâneos e ciclos assistidos com volume corrente previamente ajustado. Desta forma uma freqüência de suporte é utilizada em intervalos fixos, e entre esses ciclos o paciente pode respirar espontaneamente ar enriquecido com oxigênio.

Ventilação com Pressão Controlada (PCV):

Modo ventilatório em que a pressão inspiratória é previamente ajustada, bem como o tempo inspiratório e a freqüência respiratória de backup. 0 paciente ventila de modo assistido-controlado, entretanto o volume corrente não é garantido pelo ventilador.

Ventílação com Pressão de Suporte (PSV):

É uma forma de pressão positiva intermitente que é previamente ajustada e liberada a cada esforço inspiratório do paciente. É um modo de ventilação puramente espontânea, exige que o paciente tenha um bom drive respiratório. Não se ajusta a freqüência respiratória mínima e não se sabe o volume corrente. Ventilação ideal para o desmame com grande aceitação.

Ventilação Com Escape de pressão nas vias Respiratórias (APRV):

É um sistema CPAP modificado, a ventilação se da a níveis de CPAP pre determinada e adequados a melhor troca gasosa. Períodos curtos de escapes de pressão passiva e perda de CO2. O paciente pode respirar espontaneamente.

Ventilação com Pressão de Suporte e Volume Garantido (VAPSV):

Modo ventilatório com Fluxo livre e um Fluxo ñxo quadrado com volume Corrente pré- ajustado.

Ventilação de Alta Freqüência:

É uma forma de ventilação que uma cânula é inserida através do tubo endotraqueal ou da membrana cricotireoidea que libera gás enriquecido com 02 em freqüência de l00 a 350 ciclos pó minuto.

1. BARBAS, C.S.V.; ROTHMAN, A.; AMATO, M.B.P.; RODRIGUES Jr.,M. Técnicas de assistência ventilatória. In: KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. São Paulo. Atheneu, 1994. p.312-346.

Acesse o link abaixo e assista a aula de ventilação mecânica ministrado no I Curso de ventilação mecânica da Fcecon.

http://docs.google.com/Presentation?id=dfs8b73n_220g992czgw


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