Semanalmente estarei postando este artigo composto por 3 partes. Espero que gostem...
Constantemente sou abordado por ex-alunos, alunos e colegas de trabalho acerca de duas questões fundamentais:
1. Como está o mercado de trabalho em Manaus e o que fazer para ser inserido?
2. O que fazer para alcançar o tão almejado sucesso?
A primeira vista, a resposta parece simples e direta, entretanto, tão logo começamos aquele velho e batido discurso sobre a necessidade de atualização constante, do relevante papel da especialização e blábláblá... Deparamos-nos com questões muito mais complexas e a angústia e incerteza se faz presente no semblante destes interlocutores.
Uma condição que normalmente é preterida em favor de tantas outras, é o fato de que a vida profissional se inicia invariavelmente durante a graduação.
Os preceptores, professores, orientadores e coordenadores, normalmente são o elo de ligação mais consistente e próximo destes futuros profissionais com o mercado de trabalho; e as possibilidades são imensas...
Certamente uma formação fomentada por ensaios clínicos, publicação de artigos científicos , monitorias entre outros durante a graduação, mostram uma base de formação sólida e madura, onde aos olhos dos docentes, vale investir neste acadêmico.
Investir? Claro, ao orientar, supervisionar e ensinar, os docentes investem tempo e dedicação no processo de formação destes.
Confesso, porém, que muitas vezes falhamos como instrumentos facilitadores no ingresso do futuro profissional no mercado de trabalho, na medida em que viramos as costas para um futuro e potencial competidor; na mesma proporção em que falha o acadêmico em aceitar passivamente o que lhe é oferecido.
Cabe ao docente o reconhecimento de que a competição pelo mercado de trabalho é mais do que natural, é necessária e saudável para a concretização do profissionalismo da fisioterapia enquanto profissão. E a atualização constante, o profissionalismo e a ética são pilares que cerceiam as condutas destes também. Aos discentes cabe a persistência contínua, a cobrança responsável e a clareza de que conhecimento e experiência são bens inestimáveis.
No que tange as especializações, existe um contra-senso no que se refere cursar as pós-graduações oferecidas por instituições locais versus cursar em outras regiões e em instituições bem conceituadas fora de Manaus. Ora, uma vez que a fisioterapia em Manaus se mostra em vertiginoso crescimento, e pela quantidade de bons docentes e profissionais presentes na cidade, é incompreensível que o futuro especialista prefira deslocar-se para outras regiões para cursar o mesmo que ele cursaria aqui em sua cidade.
É uma forma mesmo que inconsciente, de corroborar com a antiga e provinciana idéia de que os profissionais de fora são superiores aos que exercem suas atividades aqui em Manaus. Isso não é verdade. A fisioterapia é uma só e há tempos o fluxo e migração constante de profissionais de outras regiões, embasou e garantiu uma posição satisfatória da fisioterapia enquanto profissão da saúde em Manaus.
No entanto, entendo que a diversidade de experiência é válida e esta questão de cursar uma especialização em outros locais tem o seu valor.
Uma boa saída, consiste em preferir cursar uma pós-graduação em outra instituição de Manaus que não aquela em que cursou a graduação. Vale a mesma linha de raciocínio, a diversidade de experiência e o contato com novos profissionais, docentes de outras instituições.
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