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sábado, 29 de agosto de 2009
Fisioterapia intensiva
Pesquisa realizada pelo Serviço de Fisioterapia do Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP mostra que as sessões de fisioterapia reduzem em até 40% o tempo de permanência do paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), quando aplicadas sem interrupções, ou seja, 24 horas por dia. O estudo avaliou 500 pacientes, num período de seis meses.
Segundo a professora Clarice Tanaka, do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da FM, responsável pela pesquisa, "a redução de complicações com melhora significativa do paciente deve-se ao tratamento noturno". Nos primeiros três meses, as atividades do fisioterapeuta levaram 12 horas e a média de internação do paciente na UTI foi de dez dias. Nos três meses seguintes, o atendimento foi de 24 horas e a média de permanência do paciente caiu para seis dias.
O procedimento garante a "limpeza" contínua dos pulmões, permite a extubação (retirada do tubo traqueal) no período noturno, reduz a agressão mecânica e propicia recuperação pulmonar mais rápida do paciente. O estudo apontou ainda que sem o trabalho intensivo dos profissionais, 24 horas por dia, aumenta o risco de piora do quadro respiratório do paciente, obrigando a sua reintubação, com possibilidades de contrair pneumonia, pelo uso da ventilação mecânica.
Qualidade de Vida
A pesquisa aponta que a expansão dos serviços reduz o sofrimento dos pacientes, permite a liberação mais rápida e segura dos leitos, com o conseqüente aumento do número de vagas disponíveis. Também diminuiu os riscos de infecção hospitalar e propicia economia de recursos financeiros que seriam usados na compra de antibióticos e outros medicamentos de alto custo.
A partir dos resultados da pesquisa, o HC tem implementado gradativamente a fisioterapia integral em outras UTIs, com a criação de turnos extras à noite, de modo a garantir melhor qualidade de vida ao paciente e familiar. Ao mesmo tempo, o Instituto Central está implantando uma Unidade de Atendimento Ambulatorial em Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional , alta complexidade.
Com seis consultórios, três boxes individuais, três salas de atendimento para fisioterapia em grupo, recepção e sala de espera, distribuídos em 438,60 metros quadrados, a nova unidade terá capacidade para 6.000 atendimentos de alta complexidade por mês. Também será equipada com modernos instrumentos de avaliação funcional do movimento como eletromiógrafo, plataforma de força e um sistema especializado de câmeras.
"O atendimento ambulatorial é essencial porque garante a continuidade do tratamento e previne disfunções e seqüelas em pacientes com distúrbios neurológicos, músculo-esqueléticos e respiratórios", enfatiza Clarice Tanaka. "As sessões podem evitar a limitação funcional de movimentos que, na maioria das vezes, afasta o indivíduo do convívio social".
(Com informações do Centro de Comunicação Institucional do Instituto Central do HCFMUSP)
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