sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tecnologia aplicada à ciência


Uma nova prótese para o braço com controle mental, criada na Áustria e testada durante dois anos por um jovem de 22 anos, foi melhorada com uma tecnologia que devolve ao usuário parte da sensibilidade perdida nos dedos. O protótipo da "Mão Sensível", o braço com controle mental criado pela companhia Otto Bock HealthCare Products em colaboração com o Hospital Geral de Viena e a Universidade de Medicina da mesma cidade, foi apresentado nesta sexta pela primeira vez.


Hubert Egger, da Otto Bock HealthCare Products, destacou em entrevista coletiva que a prótese por controle remoto usada há dois anos por Christian Kandlbauer e que inclusive o permite dirigir um carro adaptado, recebeu a instalação de um sistema que devolve ao jovem a sensibilidade de um dedo.


Microssensores no dedo médio da mão artificial assumem a tarefa normalmente cumprida pelos receptores naturais da pele. No lugar das fibras dos nervos, cabos elétricos transmitem digitalmente a informação sobre temperatura, vibração e pressão até o peito, onde Kandlbauer armazena esses estímulos após uma operação cirúrgica.


Por outro lado, para que o cérebro compreenda as mensagens elétricas que recebe, estas são transformadas previamente por um microchip nos estímulos correspondentes.


É desta forma que o paciente volta a experimentar, com seu dedo artificial, as mesmas sensações que tinha com seu dedo natural. "Sinto uma agradável pressão de mão", disse Kandlbauer, que perdeu os dois braços em um acidente elétrico em 2005, ao receber um aperto de mãos.
O jovem também demonstrou como conseguiu reconhecer o tato com seu dedo artificial, ao descrever uma folha de papel como "um objeto liso", e um cubo de gelo como frio. "Quando não se sente nada durante quatro anos e de repente volta a sentir, é uma surpresa", disse Kandlbauer.

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